Uma noite em erupção
Dedos plantados
No cinzeiro
Flor de alumínio
Berrando a solidão milenar
Dentro das minhas roupas
Não me ofereçam
Qualquer solução
Já esgotei o estoque
De paliativos
Testei todas as longitudes
Não me tragam respostas
Eu já traguei
todas as perguntas
E as ervas daninhas
Não param de nascer
Em meus ouvidos
Não me falem de status
Salvo, quando colherem
As urtigas de minha língua
Não invoquem esperanças
Eu já enfiei uma bala
Na cabeça de todas as minhas
Em todas as minhas cabeças
E tenho munição infinita.
ray cruz
sábado, 4 de novembro de 2017
Nadação
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Então não dissertem
Sobre o sabor de suas
Presas ou a envergadura
De sua mordida
Ignorem as placas
Não se afastem do
Tumor amistoso
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Toda fé não passa
De um buraco falso
No teto de carne
Que ameaça nos esmagar
Sempre que insistem
Em improvisar balões
Com suas tripas finas
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Todo oral serve de oráculo
Mas não se afoguem
Com as regras!
Pegue sua face
Na gaveta
E ofereça a manada
Que pisoteia meu
Casulo de ar teia
Vidro em pó
Na traqueia
Do nosso
Quarto
Banho
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
E nenhum cigarro
Ou incenso
Oferece a carta
De alforria.
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Então não dissertem
Sobre o sabor de suas
Presas ou a envergadura
De sua mordida
Ignorem as placas
Não se afastem do
Tumor amistoso
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Toda fé não passa
De um buraco falso
No teto de carne
Que ameaça nos esmagar
Sempre que insistem
Em improvisar balões
Com suas tripas finas
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
Todo oral serve de oráculo
Mas não se afoguem
Com as regras!
Pegue sua face
Na gaveta
E ofereça a manada
Que pisoteia meu
Casulo de ar teia
Vidro em pó
Na traqueia
Do nosso
Quarto
Banho
Estamos todos nadando
No suco gástrico
Do Leviatã
E nenhum cigarro
Ou incenso
Oferece a carta
De alforria.
ray cruz
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